Advogado da Corte de Justiça da Europa diz que banir sangue gay é injustificável

Um homem gay francês que tentou doar sangue em 2009 e teve sua doação recusada entrou na Justiça contra a proibição que chegou à Corte Europeia, como consulta da Corte Administrativa da Europa. Para o Advogado Geral Corte de Justiça da Europa, Paulo Mengozzi, recusar o sangue gay sem parâmetros, por toda a vida, é discriminatório, desnecessário e isso deveria acabar.  

“Ser homem gay ou bissexual não deveria significar ser banido por toda a vida de doar sangue em vários países da Europa”, relatou a Corte de Justiça. Somente a homossexualidade não justifica a aplicação de risco inerente, pontua Mengozzi. Cada doador deveria ser avaliado individualmente pelo seu mérito ao invés de ser automaticamente barrado, diz a consulta. Em 2012, a França já havia passado a aceitar a doação de homossexuais, com regras de segurança que levam em conta o comportamento prévio e não a orientação sexual, em iniciativa promovida pelo presidente François Hollande.

O caso volta a ser julgado pela Corte Administrativa que pode ou não acatar o parecer consultivo. A tendência é que os países criem normais mais claras e individuais, para que não seja promovido o preconceito contra doadores homossexuais. No Brasil, um homossexual só pode doar sangue se estiver há 12 meses sem ter relações sexuais.

 
Redação Lado A :A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa