Em 1972, a Suécia foi o primeiro país a permitir a mudança de sexo e nos anos 90 passou a aceitar as transexuais nas Forças Armadas. O Pentágono se baseia na classificação do transexualismo como doença para barrar o ingresso delas e deles no quadro militar dos Estados Unidos. Em 1992, a Suprema Corte do Canadá julgou inconstitucional proibir as transexuais no serviço militar. Na Inglaterra nunca houve uma proibição.
Servindo as Forças Armadas do Canadá por 27 anos, a técnica em radares cabo Natalie Murray se transformou em 2002 e contou que quando voltou para sua unidade como mulher as pessoas esperavam uma drag queen. “Muito ainda precisa ser feito em como a mídia nos retrata, ou os eventos LGBT, quando se fala em pessoas trans, é isso que eles imaginam. Uma drag queen… Parte da razão de eu me posicionar e ser quem eu sou é para combater isso”, afirmou a militar.
A major Alexandra Larsson, primeira trans sueca nas Forças Armadas, contou que em seu país, o ministro da defesa e o chefe das Forças Armadas participaram de Paradas Gays ao lado de seus militares gays assumidos, que são encorajados a sair do armário.
No Brasil, há casos de militares transexuais dispensados em serviço por serem transexuais e ainda, e mais preocupante, são as jovens transexuais que precisarem se apresentar como todos os rapazes que são obrigados a se alistar aos 18 anos de idade. Ouvimos casos de que pessoas trans foram dispensadas sem sofrer nenhum tipo de homofobia direta ao se alistarem, mas foram chamadas pelo nome masculino de registro, o que por sí só já é uma violação e constrangimento.