O rapaz contou para a Lado A que estava no meio do ônibus quando dois homens aparentemente bêbados no fundo do veículo começaram a xingá-lo assim que ele entrou no coletivo e depois a dizer que “viado tem que morrer”. Alguns instantes depois os homens o encurralaram no banco onde estava e um deles passou a tentar esfaqueá-lo. Cláudio tentou se defender segurando a arma e acabou tento a mão direita cortada gravemente pela faca, além de receber chutes e socos.
Os outros passageiros, em pânico, pediram ao motorista que parasse o veículo, e saíram do ônibus pela porta de emergência frontal enquanto o condutor foi até onde os homens estavam e salvou o rapaz que sangrava muito. Os dois rapazes, ainda não identificados, evadiram do local depois da confusão.
A Polícia Militar e o Samu foram chamados ao local e Claudio foi levado ao Hospital do Trabalhador onde precisou levar mais de quarenta pontos de sutura em sua mão e outros cinco na testa. Ele quase teve o dedo indicador arrancado e perdeu três unhas, além de estar impedido de trabalhar e estar muito traumatizado. Os suspeitos do ataque são dois homens, um mais jovem e outro de cabelo branco.
“Todo dia mexem comigo, então eu nem liguei”, afirmou a vítima para a Lado A. Cláudio postou nas redes sociais a sua indignação: “Só faltaram aplaudir. Ninguém ajudou, ninguém fez nada além de olhar. Diante dos ferimentos e da indignação com essa sociedade com qual vivemos… vim dizer que já estou bem, em casa me cuidando”, afirmou ele que lamenta não poder cumprir com seus compromissos profissionais assumidos. “Depois de ser espancado e esfaqueado no ônibus por ter uma opção sexual não aceitável pela sociedade, estou aqui”, afirmou o jovem.