Garotas lésbicas querem indenização de R$2 milhões de Feliciano por barrar beijo gay em evento religioso

As jovens Joana Palhares Pereira, 20, e Yunka Mihura, 24, viraram notícia depois de serem censuradas e expulsas de um evento religioso chamado Glorifica Litoral em São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo, em 2013. Na ocasião, as jovens foram chamadas a atenção pelo deputado que fazia um culto no local, e ele pediu a prisão das moças. Elas alegam que foram ainda agredidas pelos seguranças do evento e querem indenização por danos morais.
 
Apesar do patrocínio da prefeitura de São Sebastião e se tratar de um evento em espaço público, Feliciano pediu a prisão das então namoradas que foram detidas pela Guarda Municipal que fazia a segurança do local. Além do processo contra o parlamentar, outro processo corre contra a prefeitura da cidade. Segundo as reclamantes, elas passam por constrangimentos e agressões em redes sociais e nas ruas, por conta do episódio.
 
Segundo o advogado das duas, o pastor agiu sem embasamento legal, promovendo o desrespeito aos direitos humanos e discurso de ódio. Segundo ele, cerca de 300 mensagens ofensivas nas redes sociais contra as duas foram anexados no processo que foi aberto esta semana. No evento, Feliciano afirmou que que as garotas não tinham respeito aos pais e nem às mulheres. 
 
“A Polícia Militar que aqui está, dê um jeitinho naquelas duas garotas que estão se beijando. Aquelas duas meninas têm que sair daqui algemadas. Não adianta fugir, a guarda civil está indo até aí. Isso aqui não é a casa da mãe Joana, é a casa de Deus”, afirmou o pastor ao pedir a detenção das moças.
 
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