Sem movimentos abaixo do pescoço, a atleta brasileira que se dedicava ao seu treinamento para os Jogos Olímpicos de Inverno passou o ano passado nos EUA em recuperação.
“Eu tenho uma namorada, sou gay há alguns anos. Já tive uns namorados, mas hoje estou gay” revelou Laís para a jornalista Milly Lacombe, lésbica assumida que declarou: “Vamos supor que, num belo dia, hipoteticamente falando, uma nuvem de moralidade e sinceridade baixasse sobre todos os seres humanos do planeta e, nesse histórico dia, todos os gays saíssem do armário: celebridades, políticos, jogadores de futebol, artistas. Dado o número de gente que ia dizer ‘eu sou gay’, é de se supor que no dia seguinte o preconceito tivesse morrido ou sido reduzido a uma coisa bem pequena porque todos teriam um irmão, um grande amigo, um ídolo que teria se assumido gay”.
“Não se assumir é, em alguma escala, sentir vergonha de si mesmo, e esse recado é o pior de todos”, afirma a jornalista na entrevista que destaca ainda a ajuda recebida pela atleta pela deputada Mara Grabilli, que também é tetraplégica: “A Mara me ajuda muito. A gente conversa de coisas práticas: cocô, xixi e sexo. Eu amo falar sobre sexo, sempre fui assim. Tive corpão de atleta, sempre fui mais corpo do que qualquer outra coisa, eu era sapeca de aventuras e tudo mais e a gente se identificou com isso”, contou Laís.