O caso do jovem de 18 anos agredido em Curitiba em março deste ano foi julgado este mês pela Vara Especial Criminal de Curitiba e terminou com uma condenação de R$250 em cestas básicas para cada um dos três acusados.
Caso fosse registrado como flagrante de homofobia, com base na interpretação da lei do racismo, por alusão, os agressores poderiam ser presos, o que não aconteceu. A pena também não faz jus ao crime homofóbico cometido. Os condenados ficarão com o registro de condenação por “agressão”, mas a vítima teve que comprovar ao juiz que não houve uma briga como dizia o boletim de ocorrência. A homofobia não foi considerada no caso mas o motivo torpe sim. No final, os acusados não passaram um dia sequer na delegacia. Agora Guilherme buscará reparação por danos morais na esfera civil, mas não espera que isso o irá ajudar a superar o trauma sofrido.
Assim é a homofobia no Brasil. Não é crime, é tratada sem agravante, não dá cadeia e quando o agressor vai a julgamento paga em cestas básicas. A vítima, além do trauma, precisa reviver e passar por preconceito na delegacia, vivenciar a violência contra a sua dignidade para o resto de sua vida. Lembrando que os agressores, depois do crime, ainda postaram na internet mensagens tirando sarro da vítima…