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Venda de ingressos para trio oficial na Parada de São Paulo gera polêmica

Redação Lado A 12 de Maio, 2015 03h09m

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Quem desenbolsar R$340 poderá desfilar no trio oficial da Parada de São Paulo, com direito a open bar, no próximo dia 7 de junho. A criação da nova fonte de renda pela APOLGBT – Associação da Parada do Orgulho LGBT – gerou críticas (pelo evento ser pago pela prefeitura e por ser algo praticado em eventos de micareta) mas é uma saída para a escassez de recursos que abate o mais importante evento LGBT do país e o trabalho da organização. Com o tema “Eu nasci assim, eu cresci assim, seei sempre assim, respeite-me”, o evento comemora sua 18ª edição. A proposta de venda de pulseiras para o trio surgiu frente a grande procura pelo público e apenas 100 pessoas poderão participar da festa de cima do trio oficial desta forma.

O evento é patrocinado pela Prefeitura de São Paulo que investirá R$1.3 milhão que cobrem ainda o show de encerramento e a Marcha das Lésbicas. A tradicional feira cultural do evento, no Anhangabaú, no dia 4, será bancada este ano pelo estado. A Petrobrás patrocina o evento e a Caixa ainda não confirmou se dará recursos para o evento que reúne mais de 3 milhões de pessoas na Av. Paulista.Tanto por parte da Prefeitura quanto da Patrobrás houve redução do apoio. A organização porém afirma que o trio para qual será vendido entradas será um locado pela organização e não pela Prefeitura. Outros trios particulares que participam do evento já possuem esta prática.

“Ao assumir como tema que “nascemos assim, crescemos assim e vou ser sempre assim” a APOGLBT decidiu ampliar o diálogo com toda sociedade e atingir, particularmente, os segmentos que tentam, a todo custo, enquadrar as pessoas dentro das referencias ditas como certas. Nem todos “nascem assim, crescem assim e vivem sempre assim”. Uns demoram um pouco mais e outros um pouco menos. Outros não conseguem nascer, nem crescer e muito menos viver assim.  Nesse sentido, o chamado da APOGLBT é certeiro: respeitem-nos por aquilo que somos! “, explica os site da entidade.

Outra fonte de renda da organização são as licenças dos trios comerciais, que pagam R$10 mil para ter o direito de participar do evento. A APOLGBT tem funcionamento normal durante todo o ano, com diversas atividades de militância e preparação para a Parada, e essa cobrança de participação no trio seria a necessidade de gerar renda para custear o trabalho do grupo. 

 
Redação Lado A

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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