Durante as duas semanas anteriores, diversas batidas policiais no local para questionar a documentação do estabelecimento chamaram a atenção da proprietária Neide Lima. Como apenas este cidadão reclamou do som, ela suspeita que as reclamações e o crime cometido pela esposa foram motivados por homofobia, uma vez que durante o atentado da última sexta-feira os policiais xingaram os clientes de “animais”, “viadinhos” e “sapatões”, além de ameaçar metralhar a todos no local. “Ela não atirou na minha cara porque não quis”, afirmou a cantora, assustada, para a imprensa. A artista e a proprietária do estabelecimento pediram apoio para a Promotoria de Justiça da capital esta semana, com medo de novo atentado ou perseguição por parte do coronel.
O bar mudou de local este ano e funcionava no novo endereço desde o dia dos namorados, quando começou o atrito com estes vizinhos. No primeiro dia, o homem ordenou que o bar fosse fechado e com medo Neide fechou o local e reabriu apenas com um segurança que contratou. Ao chamar a viatura policial no dia da primeira ameaça não teve retorno mas diversas viaturas pararam na casa do coronel na mesma noite. O boletim de ocorrência não foi feito nesse primeiro incidente pois a polícia estava em greve. “Se ficar configurado que houve tráfico de influência, pedirei abertura de inquérito criminal, na corregedoria da Polícia militar e apuração rigorosa do Conselho Estadual de Segurança Pública”, afirmou o promotor Flávio Costa, da 61ª Promotoria de Justiça. A Comissão da Diversidade de OAB-AL também se manifestou sobre o caso e irá acompanhar as denúncias. O bar se encontra fechado pois a proprietária tem medo de voltar ao local.