Com a pergunta: “Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?”, a enquete foi recordista de interações no site da Câmara, com mais de 10 milhões de cliques (ok, muitos das mesmas pessoas e robôs)!!! Por fim, depois de mais de um ano e meio, a enquete foi encerrada e depois de várias reviravoltas, venceu o não!
Segundo a enquete, 51,62% discordam da definição apresentada pelo Estatuto da Família(5.307.905 votos), enquanto 48,09% disseram concordar (4.944.827 votos). Menos de 0.30% não tinham opinião formada pelo assunto. O Estatuto, que chegou a ser discutido este ano na Câmara, perdeu destaque e prioridade mediante a crise institucional instalada em Brasília.
A vitória é simbólica mas caso um projeto semelhante seja aprovado, o Supremo Tribunal Federal ainda pode vetar a constitucionalidade da matéria, uma vez que o Brasil é um país laico e todos os seus cidadãos devem ter a sua intimidade e dignidade garantidas, ou seja, não se pode impor uma fé ou estabelecer pré requisitos para que o indivíduo tenha acesso aos seus direitos fundamentais. Se não é crime, é legal, e o Estado não tem nada a ver como as pessoas vivem as suas vidas, devendo apoiar a construção de uma sociedade plural e justa.