Em entrevista publicada sábado no Il Corriere della Sera, jornal de maior da Itália, o padre afirma: “Quero que a Igreja e minha comunidade saibam quem sou: um padre homossexual, feliz e orgulhoso da minha identidade. Estou disposto a pagar as consequências, mas é hora de a Igreja abrir seus olhos para os fieis homossexuais e entender que a solução oferecida, a abstinência total da vida amorosa, é desumana”. Para o religioso, a Igreja precisa aceitar o casamento gay e a sexualidade dos religiosos. “Gostaria de dizer ao Sínodo que o amor homossexual é um amor familiar, que necessita da família. Todas as pessoas, incluindo os gays, lésbicas e transexuais, têm no coração o desejo de amar e de ter relações familiares”, declarou Charamsa para imprensa, ao lado de seu namorado Eduard. “Quero, com minha história, sacudir um pouco a consciência da Igreja”, declarou o religioso.
Imediatamente, o Vaticano anunciou o desligamento do monsenhor gay com a Igreja e considerou como “irresponsáveis” as suas declarações. Foi a primeira vez que um membro do Vaticanos se assumiu homossexual publicamente.