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Travesti psicóloga militante de Pelotas é encontrada assassinada em casa

Redação Lado A 17 de Dezembro, 2015 15h45m

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Não se pode morrer duas vezes, dizem. Nesta madrugada a polícia de Pelotas, Rio Grande do Sul, uma mãe encontrou o corpo da filha travesti Brenda Lee, 46, na casa onde ela morava, sobre a cama, com ferimentos na cabeça. Sem vida e dando fim a uma vida de solidariedade. O seu nome era homenagem a outra travesti, de São Paulo, fundadora da primeira casa de ajuda a portadores do vírus HIV, morta em 1996. Duas travestis do bem, assassinadas, duas militantes impedidas de ajudar os outros, de lutar pelos direitos de todos.

Além de ícone do Carnaval em Pelotas, Brenda Lee estudou Psicologia na UCPel (Universidade Católica de Pelotas) e receberia seu diploma neste sábado. Ela atuava como militante dos direitos LGBT e era muito conhecida. Brenda havia ido ontem a uma boate da cidade na noite anterior ao crime.

Tudo indica que o amante era um ladrão, revirou a casa de Brenda em busca de algum valor. Fugiu no veículo da vítima, abandonado posteriormente. A mãe, que mora aos fundos, não percebeu a movimentação estranha. Brenda foi morta com o encosto de ferro de uma cadeira de metal.

“Mais uma grande baixa no movimento lgbt. Pelotas e todos que a conheceram e principalmente , sabiam de seu comprometimento com a causa, perdem com o seu assassinato. Nossa querida Brenda foi brutalmente assassinada na madrugada de ontem .Meus sentimentos a família e aos amigos íntimos pela perda”, afirmou Glória Crystal, secretária adjunta da Livre Orientação Sexual da Prefeitura de Porto Alegre.

 
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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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