Vacina contra a AIDS é a esperança para conter a epidemia ainda em 2016

Em setembro de 2015, Michel Sidibé, diretor executivo da Unaids, das Nações Unidas, declarou as intenções do órgão para que a nova vacina contra o Hiv fosse aplicada em larga escala em todo o mundo. “Eu acho que a injeção pode começar a ser administrada a partir do próximo ano, pois a descoberta já está feita”.
 
Ele se refere à descoberta, em 2013, de medicamentos capazes de reduzir em até 90% a carga viral de uma pessoa infectada, possibilitando uma “cura funcional” já que a pessoa não desenvolverá os sintomas da Aids. No mundo há mais de 30 vacinas em teste, inclusive no Brasil, que prometem uma revolução no tratamento do Hiv. No ano passado, duas destas vacinas já passaram a ser testadas em humanos.
 
Ainda, foi noticiado este ano que pessoas com carga viral indetectável não transmitem o vírus, segundo casos acompanhados nos últimos dois anos. O consenso é que nestes casos a possibilidade de transmissão caia mais de 98%.
Entre os anos 2000 e 2014, as novas infecções do vírus na região diminuíram em 17 por cento na América Latina e o número de mortes relacionadas à Aids caiu para 29 %. A resposta regional em sinergia é apontada como fator determinante para os bons resultados dos programas de Hiv Aids do continente.
 
 “Alguns anos atrás, uma pessoa que teve que HIV tomava 18 comprimidos diariamente, hoje só deve tomar uma e amanhã pode apenas com uma infecção de seis em seis meses, apenas” declarou o diretor da Unaids. Apesar das boas notícias, ele acredita que o vírus não desaparecerá mas que deixará de ser um grave problema na saúde pública.
 
“As pessoas antes morriam como moscas, os hospitais estavam cheios de pacientes com AIDS e hoje nós podemos dizer orgulhosos que nós vivemos num contexto completamente diferente”, afirmou o especialista.

Atualmente o objetivo estabelecido pela Unaids até 2020 e seguida pelo Brasil é: é diagnosticar 90% da população, tratar 90% dos diagnosticados soropositivos e destes 90% atingirem a carga viral indetectável. 

Confira a evolução dos medicamentos na luta contra a Aids.
 

 
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