Novo aplicativo BRO conecta homens heterossexuais em busca de pegação

No inverno de 2015, o lançamento do livro “Not Gay: Sex between straight white men”, de Jane Ward, causou grande polêmica ao defender a tese de que há uma parcela considerável de heterossexuais que praticam sexo com outros homens sem que isso mude a forma de identificação da sua sexualidade. Um novo aplicativo, o BRO, surge para reforçar essa ideia. 

Um estudo do CDC, Centro de Controle de Doenças dos EUA, descobriu que cerca de 2.8% dos heterossexuais se identificam com o sexo gay e admitem praticar o sexo oral ou anal com outros homens. Pode parecer uma estatística baixa mas, na verdade, representa uma parcela bastante considerável, equivalente ao número de judeus nos Estados Unidos, por exemplo. 

 
Homens heterossexuais que estão à procura de uma mão amiga de outro homem, ou um bromance, como eles dizem, podem usar a rede social para conhecer caras com o mesmo objetivo. A descrição do app diz que “vai além de rótulos, e é destinado a homens interessados em outros homens”. O aplicativo tem a opção de ir marcando as fotos até surgir um match ou procurar por distância. 
Os criadores do aplicativo, que já está disponível em inglês para EOS e Android, afirmam que o app é mais seguro e as pessoas logam por redes sociais, aumentando a autenticidade. As pessoas inserem mais dados, então é mais fácil saber o que a pessoa procura, e mais fácil de encontrar alguém certo com muitos filtros de busca disponíveis.  O aplicativo oferece as funcionalidades de procurar, conversar, favoritar e chamar a atenção de outros caras. “Se você sabe o que procura, BRO vai te ajudar a encontrar”, finaliza a descrição do aplicativo. 

Apesar da pegada “não gay” o aplicativo já tem muitos usuários assumidos, fora do perfil proposto pelo lançamento. Será mais um Grindr? Aliás, a venda recente do Grindr mostra que eles previam a forte concorrência adiante. E parece que o Bro quer mesmo mostrar que é mais rápído, confiável e inteligente que o rei dos aplicativos de pegação gay, que teve o controle majoritário assumido por chineses este mês, por 93 milhões de dólares.

 
 
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