O Presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília, Eduardo Cunha, é bastante conhecido por suas decisões polêmicas e declarações homofóbicas, seguindo a maré de Marco Feliciano, Jair Bolsonaro, Levy Fidélix e outros políticos homofóbicos. O autor dos projetos de lei que penaliza a discriminação contra heterossexuais e institucionaliza o “Dia do Orgulho Hétero” vai ser denunciado na Corte Europeia dos Direitos Humanos pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT.
A acusação da organização é que Cunha estaria usando o seu mandato para promover a desigualdade humana, a perseguição das minorias, como indígenas, mulheres e a comunidade LGBT, assim como praticar o fundamentalismo religioso. Para provar, o grupo recorre a declarações do político, que podem ser encontradas em seu perfil pessoal do Twitter e em seu próprio site, como:
“Há demandas insufladas pela TV (…) Na medida em que os militantes gays não queiram substituir a família tradicional, nada contra eles e contra o seu comportamento. O que não podemos permitir é que isso vire uma família”.
“Estamos vivendo a fase dos ataques, tais como a pressão gay, a dos maconheiros, abortistas. O povo evangélico tem de se posicionar”.
Sobre a segunda declaração, Cunha fez diversos esforços para que o Deputado e Pastor Marco Feliciano assumisse a presidência da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara. Além da cadeira, cerca de 13, dos 18 titulares, eram políticos da bancada evangélica do Parlamento, que chegou a ser presidida por Cunha.
A ação é uma resposta a Eduardo Cunha que afirmou que entraria na Corte Europeia de Direitos Humanos por se dizer perseguido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.