Como os brasileiros assistem pornografia online e preferem ver lésbicas e trans

O site de vídeos eróticos Redtube lançou um estudo detalhado sobre os hábitos dos usuários brasileiros no site, que engloba ainda a plataforma PornHub. Segundo o estudo, os brasileiros estão acima da média mundial em quase tudo em relação a pornografia e são o segundo maior mercado do site, perdendo apenas para os EUA.
 
A média do brasileiro de tempo no site é de 9 minutos e seis segundos, 31 segundos a mais do que a média mundial. O termo mais procurado é lésbicas, seguido do termo anal. As mulheres brasileiras acessam mais pornô do que no resto do mundo: representam 33% das usuárias do site, sendo a média nos outros países 25%. O dia da semana em que os brasileiros mais usam o site é na segunda-feira, e o que menos usam é no  sábado. Ainda, 65% acessam via celular, em outras partes do mundo a média é de 50% por este meio, e o horário de pico é entre 22h e 1h da madrugada.
 
Curiosamente, a pesquisa apontou ainda que o brasileiro assiste mais pornôs com transexuais e travestis, superando a Itália, que veio em segundo lugar. Argentina e Rússia seguem na lista dos T lovers. Estados conservadores como Roraima, Acre, Rondônia lideram a lista no país de quem procura por termos como shemale, transexual, trans e transex. No Norte e Nordeste os termos são mais vasculhados no site, com idade dos usuários principalmente acima dos 45 anos.
 
Além disso, a palavra Shemale aparece antes do termo gay no número de procuras no site mas representa apenas 2.2% dos termos nas pesquisas. Os estados mais violentos para as travestis e transexuais aparecem na lista como os que mais procuram vídeos eróticos com elas. Um indício de um machismo mortal, transfobia que transforma a mulher trans em objeto e fetiche.

Confira algumas planilhas da pesquisa:

 

 
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