Em Porto Alegre, onde passava o feriado prolongado em companhia da filha e dos netos, a presidente afastada Dilma Rousseff lembrou a Parada LGBT de São Paulo no Domingo e criticou a tentativa de ministro de Temer de barrar o reconhecimento do nome social de travestis e transexuais em seu Twitter. “Acontece hoje, em São Paulo, a Parada LGBT, uma das maiores manifestações do mundo pelo respeito à diversidade”, escreveu a presidente que aguarda a a conclusão de seu processo de Impeachment pelo Senado.
“Há 20 anos, manifestantes ocupam a Av. Paulista e mostram que é possível reivindicar avanços de forma pacífica e democrática”… “Em abril, assinei decreto autorizando uso do nome social e reconhecimento da id. (identidade) de gênero de travestis e transexuais no serviço público”…. “Vale destacar que o #SUS foi pioneiro em reconhecer o nome social, garantindo dignidade e inclusão a todos e todas”… “É uma forma de tirar essas pessoas do processo de exclusão da educação, do trabalho, da vida social, enfim, das políticas públicas”… “Um dos ministros do governo provisório pretende derrubar o decreto, tendo assinado Projeto de Sustação de Atos do Poder Executivo”… “É preciso estar atento e seguir na luta pela democracia, pelas conquistas sociais e pelos direitos das minorais”… “ Que a batalha contra todas as formas de intolerância e preconceito se estenda além da Parada LGBT. Essa é uma tarefa constante e de todos”, twittou em série a presidente.
Ela se refere ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, deputado federal pelo PTB-RS, um dos autores do PDC 395/2016 que quer sustar o ato de Dilma que reconhece o nome social em toda a administração pública. Nem o Planalto, nem o presidente interino Michel Temer, se manifestaram quanto à Parada do Orgulho LGBT.