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Homofobia no Quênia: juiz libera teste anal para provar sexo gay

Redação Lado A 16 de Junho, 2016 17h45m

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Depois de decidir que chamar alguém de “bicha” não é homofobia, um juiz queniano autorizou um teste de HIV e outro de indícios de sexo anal no processo conta dois homens acusados de cometer relações sexuais. No país, sexo gay é uma ofensa criminal, passível em até 15 anos de prisão. O juiz da Alta Corte, Mathew Emukule, de Mombassa, afirmou que os testes não são violação de direitos ou da lei de procedimentos legais.
 
Os homens foram presos em fevereiro do ano passado, acusados de fazer sexo gay na cidade de Ukunda. A defesa alegou erro processual e tratamento degradante por parte dos policias, o que foi negado pelo magistrado. Gays já vivem em clima de medo no país e com a decisão do magistrado um exame anal pode definir se a pessoa é homossexual ou não. 

O país tem maioria cristã e vive forte influência islâmica. Em maio do ano passado o vice presidente do Quênia chegou a afirmar que gays não tem espaço no país. “Não vamos permitir a homossexualidade em nossa sociedade porque viola nossas crenças religiosas e culturais”, disse William Ruto, em eventod e uma igreja neopentecostal em Nairóbi. Parte da homofobia na África é patrocinada por igrejas norte americanas que encotraram na África terreno para seus preconceitos em nome de Deus.

 

 
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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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