O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira, dia 28, na Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, a nova campanha de prevenção às hepatites, referente ao ano de 2016. O lançamento do projeto faz parte das comemorações do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, que coincidiu justamente com a data da reunião.
A data foi criada a partir de uma iniciativa brasileira que foi proposta à Organização Mundial de Saúde (OMS), em maio de 2010, durante a Assembleia Mundial de Saúde, ao entender o caráter preocupante que as hepatites virais tem no mundo todo. O principal problema das hepatites virais é o seu caráter silencioso. Muitas vezes, a doença atinge o fígado, causando inflamações que não apresentam sintomas. Dessa forma, ela pode acabar evoluindo para cirrose, câncer ou levar o paciente à morte.
Elas são identificadas pelas letras do alfabeto e são de vários tipos: A, B, C, D e E.
Com o tema “Eu me amo, eu me previno, eu tomo a vacina”, o Ministério da Saúde lançou a campanha que apela para uma pegada mais jovem, inclusive com um jingle em forma de rap. A ideia é incentivar aos jovens que façam sexo com camisinha, tomem a vacina contra a Hepatite B e façam o teste contra a Hepatite C. A campanha usa ainda as hastags #TesteC e #TôVacinadoB. O foco maior é nesses dois tipos de Hepatite Viral por serem as mais comuns entre jovens. Confira:
Transmissão sexual
As hepatites B e C podem ser transmitidas através do contato sexual sem proteção ou por transmissão de sangue contaminado. A melhor forma de se prevenir contra a Hepatite B é usar camisinha e tomar as 3 doses da vacina. Já a Hepatite C não conta com vacina, mas o tratamento do Sistema Único de Saúde conta com medicamentos modernos e uma terapia de até 24 semanas considerada altamente eficaz.
Faça o teste
Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.
Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites observe se você já se expôs a algumas dessas situações:
Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E);
Transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B,C e D);
Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B,C e D)
No caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.