Nossa lutadora medalhista de ouro no judô é lésbica e feliz

A judoca Rafaela Silva, primeira medalhista de ouro pelo Brasil nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, conta com uma história linda de superação. Mulher, negra, da favela e lésbica, Rafaela sofreu muita opressão e preconceito ao longo da sua carreira, inclusive dos brasileiros, que a chamaram de “macaca” quando foi eliminada nos jogos de Londres, em 2012.
 
Rafa nunca falou publicamente sobre sua orientação sexual porque prefere ter privacidade no seu relacionamento. Mas a judoca namora há quase três anos a ex-judoca e campeã sul-americana duas vezes, Thamara Cezar. Na rede social de Rafaela Silva, não faltam fotos ao lado da namorada. Durante a final, Thamara contou ao jornal Extra que não esteve presente no ginásio e também assistiu afastada da família da judoca porque gosta de ver sozinha. Mas logo após a conquista, conversou com a namorada por telefone.
 
“Agora eu me realizo nela, a acompanho sempre nas lutas e treinos”, conta Thamar, que já encerrou sua carreira. As duas se conheceram no Instituto Reação, onde Rafa treina. 
 
Preconceito
A judoca brasileira é sempre favorita à medalhas nas competições que participa. Entretanto, na edição de 2012 dos Jogos Olímpicos, Rafaela aplicou um golpe irregular e acabou desclassificada do torneio. Logo depois, uma série de comentários preconceituosos invadiu o perfil e a página da atleta, chamando ela de macaca. Ela conseguiu conforto, apoio e forças para continuar na Cidade de Deus, comunidade em que vive no Rio de Janeiro. Ao conquistar a medalha em 2016, ela declarou: “O macaco que tinha que estar na jaula hoje é campeão”.
 
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