Rio 2016: Torcida brasileira é homofóbica durante partidas de futebol

Atletas da seleção de futebol dos Estados Unidos, Austrália e Canadá denunciaram a homofobia em gritos da torcida brasileira em suas partidas de estreia. Além de insultarem a goleira norte americana, Hope Solo, ao chamarem ela de “Zika” por conta da sua campanha de conscientização sobre a doença tempos antes de vir para o Rio de Janeiro, a torcida chamou diversas atletas de “bicha”. O grito comum infelizmente no futebol masculino chegou ao universo das mulheres, onde há muitas lésbicas assumidas.
 
Jornalistas e as atletas relataram que as palavras foram contadas pela torcida nos jogos do Canadá contra o Zimbábue, EUA contra Nova Zelândia e nas partidas do time da Austrália. A principio, as atletas não sabiam o que a palavra representava, mas ao saber por um jornalista, a meio-campo dos Estados Unidos, Megan Rapinoe, que é lésbica assumida, declarou se sentir extremamente magoada e disse: “É pessoalmente doloroso”.
 
Além dela, a treinadora dos Estados Unidos e diversas jogadoras da Suécia também são homossexuais assumidas. Para elas, a maioria dos fãs não tinha a intenção de ser homofóbica ao dizer a palavra, assim como não tem noção do peso da ofensa, mas defendem que a FIFA precisa trabalhar a questão dentro do campo. O Comitê de organização da Rio 2016 ainda não se pronunciou a respeito.
 
Redação Lado A :A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa