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Olimpíada do Rio traz à tona a diversidade e a homofobia no Brasil e no mundo

Redação Lado A 22 de Agosto, 2016 23h47m

Apesar de as Olimpíadas do Rio 2016 serem consideradas a mais LGBT de todos os tempos, tanto pelo número recorde de atletas homossexuais quanto pela mensagem de inclusão nos jogos, essa edição também mostrou a homofobia brasileira e do mundo. O atleta brasileiro da marcha atlética, Caio Bonfim, chegou em quarto lugar e falou sobre o preconceito que sofreu durante o seu treinamento em Brasília. Já o medalhista olímpico gay do salto ornamental britânico, Tom Daley, foi vítima de homofobia nas redes sociais. 
 
As lágrimas de Caio Bonfim representam a alegria e a luta de muitos atletas brasileiros que participaram dessas Olimpíadas. São poucos os esportes que contam com suporte financeiro, apoio técnico e incentivo para prática no nosso país. A marcha atlética, que foi muito bem representada por Caio, com o seu quarto lugar, é exemplo disso. Não só é esquecida pelo Comitê Olímpico, como é pouco ensinada aos estudantes, o que gera risos, deboches e comentários homofóbicos sobre os atletas.
 
“Eu não devo nada a ninguém, não devo a Brasília, ao Brasil, nada, porque eu não tive apoio. Na minha casa eu tive, minha família é maravilhosa pra mim. Não teve nenhum dia que eu tenha saído na rua que não fui xingado por fazer a marcha atlética”, revela o atleta, que foi chamado de “viado”, “bicha” e mandado “virar homem”, enquanto praticava a marcha pelas ruas de Brasília. 
 
Tom Daley sofre nas redes sociais
Saindo das ruas e indo para as piscinas, o muso das Olimpíadas, Tom Daley do salto ornamental, conquistou a medalha de bronze em parceria com Daniel Goodfellow. Homossexual assmido, Daley veio para o Rio de Janeiro com noivo, o produtor norte-americano Dustin Lance. No Twitter, a #gaysnomerecenmedallas – gays não merecem medalhas, em tradução livre – ganhou os TTs, com comentários homofóbicos aos atletas homossexuais, principalmente ao britânico. 
Torcida
Chamaram ainda atenção do mundo os gritos de “bicha” durante os Jogos de futebol masculino e feminino, principalmente quando os goleiros cobravam o tiro de meta. Jogadoras formalizaram reclamação à organização e ao COI, que não se manifestaram positivamente, afirmando que era uma questão cultural da torcida e não um xingamento homofóbico.
 

 

 

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa


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