A homofobia começa em casa, mas, muitas vezes, continua na escola. A máxima é concretizadas por ações como a do colégio particular Sigma, no Distrito Federal, que advertiu um estudante por estar se beijando com outro garoto em frente ao colégio. O aluno teria sido chamado na coordenação da escola e advertido. A direção diz que não foi um ato de homofobia, mas que a ação foi tomada por conta dos exageros entre os dois estudantes. Alunos e ex-alunos protestaram na última sexta-feira, 9, por meio das redes sociais.
O caso aconteceu na quinta-feira, 8, minutos antes das aulas terem início no Centro Educacional Sigma, na Asa Norte de Brasília. O aluno estava beijando outro garoto em frente ao colégio, quando a coordenação o repreendeu. Ao negar a motivação homofóbica, o colégio afirmou que a atitude teria acontecido em virtude dos exageros entre os dois garotos que, entretanto, não foram pontuados. A escola informou que pessoas que passavam pelo portão de entrada teriam reclamado por estarem se sentindo constrangidos, mas não revelou os autores da denúncia.
Ainda segundo a escola, esse é o procedimento padrão para casais de qualquer orientação sexual.
Os alunos da escola discordam e, na rede social Facebook, compartilharam uma conversa de Whatsapp onde se dizia que a direção teria ligado para os pais do aluno, ameaçando a expulsão, caso ele continuasse denegrindo a imagem da escola. O post começa “Alô Centro Educacional Sigma, tava com medinho de ter o filme queimado por causa de um casal gay, é? Que tal ter o filme queimado por ser uma escola homofóbica, hein?”.
O protesto já tem mais de 3.5 mil curtidas e quase 800 compartilhamentos. Além da publicação, os estudantes encheram a página oficial do colégio de mensagens contra homofobia e de avaliações negativas ao padrão heteronomativo da escola.