“Todos estes procedimentos têm relação com torcedores que mostraram uma conduta discriminatória ou antidesportiva, chegando inclusive a entoar cantos homofóbicos em alguns casos. A Comissão Disciplinar da Fifa emitiu seus vereditos depois de analisar as circunstâncias específicas de cada expediente, em particular, as súmulas dos árbitros, a postura da federação e o relatório do observador antidiscriminação do jogo e das provas disponíveis. Em alguns casos, também foram levados em conta certos atenuantes, como os esforços das federações para conscientizar os espectadores e lutar contra a discriminação” afirmou a Fifa em comunicado. A entidade esta monitorando todos os jogos das eliminatórias para punir qualquer caso de preconceito em seus jogos.
Futebol: CBF é multada e advertida por homofobia de torcedores pela FIFA
Os gritos homofóbicos de torcedores brasileiros no dia 6 de setembro, na Arena da Amazônia, em Manaus, no jogo Brasil x Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa 2018, da Rússia, não passaram despercebidos. A entidade responsável pelo futebol brasileiro terá que pagar uma multa de 20 mil francos suíços (R$ 71,7) e foi ainda advertida pela Fifa. O anúncio foi feito na semana passada e outros 11 países foram advertidos por manifestações discriminatórias ou antidesportivas dos fãs, enquadrados no Artigo 67 do Código Disciplinar da FIFA (FDC).
Esta foi a primeira vez que a Fifa condenou os gritos de “bicha”, comuns no futebol brasileiro. O Chile foi pela segunda vez condenado por gritos homofóbicos de seus torcedores e terá que pagar 65 mil francos suíços (R$ 233 mil).
Para Toni Reis, ex-presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) é importante combater o preconceito nos estádios. “Eu acho que tem que ter campanhas, a multa é importante, a criminalização é importante, mas só a educação que vai solucionar o problema. É Importante que os clubes façam campanha para não haver discriminação de qualquer natureza. Eles não podem ficar omissos. A omissão de um clube também é discriminação. Quando você se silencia diante de uma injustiça, você também é coautor dela”, afirmou o ativista para o portal da Band.