Ministério Público pede investigação de carta homofóbica e racista enviada a casal gay carioca

Na manhã do dia 19 de janeiro, o professor de português Junior Santos, 24 anos, e Maycon Aguiar, 23 anos, servidor federal, foram atacados por meio de uma carta racista e homofóbica no condomínio em que moram, no norte do Rio de Janeiro, em Vicente Carvalho. O texto, sem assinatura afirma que os moradores do residencial não aprovam a presença do casal entre eles, uma vez que “gente de cor, e ainda por cima afeminada, não está no nível dos que moram aqui”. 

 
Apesar da ida até a 27ª Delegacia de Polícia (Vicente de Carvalho), o delegado se recusou a registrar um boletim de ocorrência, uma vez que a carta não é assinada. Apesar da decisão, a Promotoria de Justiça e Investigação Penal, que toma conta dos registros na delegacia onde as vítimas fizeram a denúncia, abriu uma investigação sobre o caso. 
 
A carta de duas páginas contém um trecho da bíblia e se refere ao casal como um “templo dos demônios”. Confira um trecho: “Nenhum morador deste condomínio aprova comportamento que envergonha Deus!  Poupe nós e nossos filhos de conviverem com gente da laia de vocês! Gente de cor e ainda por cima afeminada não está no nível dos moram aqui por favor se retirem! Toda abominação está condenada em nome do Sr Jesus!”.
 
Junior e Maycon solicitaram as imagens das câmeras do condomínio para averiguar o responsável pelas ofensas, mas a resposta da administração do espaço, que só conta com 10 casas, foi de que apenas forneceria as imagens para a polícia. Foi solicitada uma reunião em caráter de urgência com a diretoria do condomínio.
 
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