Inicialmente, o jornal russo Novaya Gazeta denunciou duas prisões na Chechênia que funcionavam no estilo de campos de concentração, prendendo e torturando centenas de homossexuais, uma na vila de Argun e outra em Tsotsi-Yurt. Correspondentes do jornal na região confirmaram a descoberta de mais quatro centros na região. Os jornalistas e funcionários do jornal recebem ameaças diárias de morte e são considerados inimigos do estado checheno.
Evidências apontam que pelo menos seis prisões estão mantendo pessoas em cativeiro por conta das suas orientações sexuais. O jornal descobriu também que as vítimas só conseguem fugir quando os familiares oferecem altas propinas para os policiais.
Funcionários em perigo
Desde que a denúncia foi feita pelo jornal Novaya Gazeta, os gestores da empresa temem que seus funcionários corram risco de vida, o que interfere negativamente na investigação jornalística sobre a história. Além da declaração pública por parte do presidente da Chechênia, Ramzan Kadyrov, acusando o periódico de difamação e os declarando inimigos da fé e do país, diversos funcionários já receberam ameaças anônimas de morte.
O governo russo liderou uma equipe de investigação que alega não ter encontrado nenhuma evidência dos campos. A Chechênia é um Estado subjugado à Rússia, mas que conta com um governo próprio.