Em 17 de maio de 1990, a homossexualidade foi retirada do rol de doenças mentais da Organização Mundial da Saúde. Infelizmente, ainda hoje, mais de 70 países condenam a homossexualidade como crime e em cinco deles com a pena de morte. No Brasil, mais de 300 assassinatos LGBTfóbicos apontam que é preciso ainda lutar muito contra o preconceito e o ódio à gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis. Por isso o dia 17 de maio também virou um dia de resistência.
Por isso, um grupo de Curitiba irá realizar nesta quarta-feira, 17 de maio, um ato em solidariedade aos homossexuais que passam por homofobia. Segundo a ouvidora nacional do Ministério dos Direitos Humanos, Irina Bacci, em sua rede social, o Disque 100, serviço nacional que recebe denúncias de violações de Direitos Humanos, apenas nos três primeiros meses deste ano, foram relatadas 466 denúncias. Em 2016 foram 419 registros e em 2015 foram 360 denúncias no mesmo período.
Um recente caso flagrante de homofobia internacional se dá na Chechênia, território independente russo, onde dezenas de homossexuais teriam sido mortos em campos de trabalho forçados, segundo um jornal russo. O governo da Chechênia que tem maioria muçulmana, chegou a negar a acusação e a dizer que por não existem tais tipo de pessoas pois os parentes matam os entes homossexuais por vergonha. A notícia fez com que o governo da Alemanha cobrasse explicações de Moscou que prometeu apurar a denúncia.
A Associação Paranaense da Parada da Diversidade LGBTI e o Dom da Terra AfroLGBT farão a vigília. “O mundo vive uma tragédia humanitária com milhões de pessoas deslocadas em razão de guerras, conflitos e desastres como o do terremoto no Haiti. E agora assistimos a população LGBT da Chechênia tentando sobreviver, muitos fugindo para a Rússia, país que também é extremamente LGBTfóbico. Na última semana militantes LGBT foram presos em São o Petersburgo em um ato que denunciava as perseguições e torturas do governo da Chechênia que também incita parentes a matarem familiares Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais para lavar a honra. Por isso fica aqui o convite dia 17 de maio (Dia Internacional de Combate à LGBTfobia) vamos fazer uma manifestação contra as ameaças que população LGBT sofre na Rússia e na Chechênia e óbvio lembrar todas as vítimas da LGBTfobia no Brasil. Tragam suas faixas, flores e velas para a escadaria da Universidade Federal do Paraná na Praça Santos Andrade”, convida o evento no Facebook que você pode acessar aqui.
Vigília | LGBTIfobia no Brasil e na Chechênia
Data: 17 de maio
Horário: das 18h às 21h
Praça Santos Andrade, Curitiba