Uma pesquisa do Ibope encomendada pela instituição Católicas pelo Direito de Decidir, realizada em fevereiro e divulgada esta semana, aponta que pais e alunos discordam da tentativa de conservadores de excluir temas como discussão de gênero, orientação sexual, métodos contraceptivos, entre outros, das escolas. Entre os pesquisados, apenas 9% acreditam que a educação sexual não deve ser abordada nas escolas. “É uma questão civilizatória reconhecer que pessoas vivem sexualmente de forma diferente”, diz Regina Soares, da Católicas pelo Direito de Decidir.
Segundo a pesquisa, 88% dos entrevistados apoiam a inserção do tema educação sexual nas escolas públicas, 42% acreditam que ele deva ser abordado a partir dos 13 anos, 36% a partir dos 10 anos e 10% até mesmo antes dos dez anos, já 9% não acreditam que o assunto deve ser abordado. E 3% não soube ou não respondeu a pesquisa. A livre orientação sexual e seu debate recebeu apoio de 72%. A igualdade de gêneros emplacou 84% de concordância.