No dia 27 de junho, o Ministério dos Direitos Humanos lançou a campanha intitulada “Deixe seu preconceito de lado, respeite as diferenças”, na Explanada dos Ministérios, em Brasília/DF. O evento aconteceu em comemoração ao Dia do Orgulho LGBT, importante data que ocorre em 28/06, para o debate e conscientização em prol do respeito e tolerância. O material começou a chegar esta semana a Curitiba.
As peças foram desenvolvidas pela agência NovaSB e trazem profissionais LGBT e a pergunta se o fato deles serem trans, gay, lésbica, bissexual ou travesti, mudaria o resultado de seus trabalhos. São nove peças ao total nos cartazes com diferentes profissões e ainda flyers e posters.
A campanha tem como objetivo promover a aceitação e socialização de assuntos relacionados ao meio LGBT, visando uma sociedade mais acolhedora e menos violenta, atentando para o reconhecimento e respeito das plurais identidades de gênero e sexualidades. Almejando cada vez mais alcance, a campanha será veiculada nas redes sociais como Twitter e Facebook, através de links e imagens informativos e com a hashtag #RespeiteAsDiferenças. Esse projeto se faz necessário visto que em 2016 o Brasil foi considerado o país que mais mata LGBT`s, segundo estatísticas levantadas pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), em que, no ano passado, houve mais de 300 mortes relacionadas à LGBTfobia.
No evento de lançamento da campanha, estiveram presentes a ministra Luislinda Valois e a secretária Flávia Piovesan, ambas autoridades responsáveis pela pasta de Direitos Humanos; e representantes do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – CNCD/LGBT, órgão responsável por discutir e formular campanhas, projetos e políticas púbicas em prol do combate ao preconceito e violência contra LGBT`s.
Em discurso, Luislinda considerou a importância do debate acerca das diferenças sexuais e de gênero, reconhecendo a dificuldade de aceitação e respeito numa sociedade segregadora e, até mesmo, violenta: “No que se refere ao respeito às orientações sexuais e identidades de gênero, nosso país precisa mudar. Dados oficiais mostram que a intolerância ainda oprime a nossa nação. Naturalizar a convivência é importante porque permite reduzir índices de violências”, declarou a ministra em concordância com a secretária Flávia, principalmente no que diz respeito aos números alarmantes das estatísticas sobre violência contra LGBT`s. Para a secretária, a campanha contribui para a compreensão das diferenças, resultando em transformação das péssimas estatísticas através da educação: “A população LGBT sofre muita violência, é muito vulnerável. E a campanha exerce um papel fundamental, com a prevenção e conscientização, atuando na quebra de tabu. Pois a pior violência é a invisibilidade”, reiterou.
(R.L.)
Confira as peças incríveis: