Na madrugada do dia 27 de agosto, domingo, mais uma vez a intolerância e preconceito se manifestam no Centro de Curitiba. Bruno Oliveira, 21, e amigos deixaram uma casa noturna e foram até uma tradicional padaria 24h na Rua Vicente Machado. Na mesa ao lado, dois homens, ao perceberem a presença de Bruno e seus amigos, começaram a esbravejar com palavras homofóbicas tais como “esse tipo de vagabundo a gente tem que descer o pau. Colar eles na parede pra ver se vira homem”, contou a vítima em seu perfil do Facebook.
Em sua defesa, Bruno começou a comentar com seus amigos sobre a necessidade de combater a homofobia e que, caso os insultos não cessasem a polícia seria acionada. Contestado, um dos agressores que segundo a vítima se chama Humberto, levantou-se e desferiu um tapa no ombro de Bruno, segundo ele, começando a confusão e ameaçando a vítima: “aqui é bandido mesmo. Eu vou te colar na parede, cara”. Algumas pessoas presentes agiram em defesa da vítima, chamando os seguranças e tentando expulsar os agressores, que chegaram a ameaçar agredir o rapaz com uma faca quando o mesmo saísse do estabelecimento, ainda segundo o relato. O homem continou no local e o grupo que Bruno estava trocou de mesa e terminou seu lanche.
Bruno postou o ocorrido em seu Facebook junto com um video no qual aparecem os insultos de um dos agressores. Procurado pela Lado A, o rapaz declarou-se muito ofendido mas está feliz pela reação das pessoas que não foram coniventes com tal violencia. “Me senti e sem reação no momento pois nunca pensei que iria passar por isso na minha vida. Mas ao ver a reação das pessoas dentro da panificadora, me defendendo, pude ter esperança ainda no ser humano, e que esses senhores sejam punidos para não fazer com mais ninguém da comunidade LGBT”.
Por enquanto, o ocorrido passou sem denúncia formal, mas Bruno salientou que vai recorrer aos órgãos da Justiça o mais breve possível e solicita o compartilhamento do vídeo para que os agressores sejam identificados.
Em caso como estes, a polícia deve ser chamada na hora. Ainda, registrar boletim de ocorrência e acionar o Ministério dos Direitos Humanos, pelo disque 100.
Assista o vídeo: