Lindomar já estava preso, condenado a 17 anos e nove meses de prisão, devido a um outro assasinato, em abril de 2015, de uma mulher que atuava como prostituta no Centro da cidade. Karina Rodrigues Prado, 30 anos, foi encontrada nua e estrangulada debaixo da cama de um quarto de hotel em Curitiba. Lindomar Narciso, na época com 24 anos, havia entrado com a mulher no local por volta de meia noite e deixou o quarto após uma hora, alegando tê-la deixado com vida. O corpo da vítima foi encontrado na manhã seguinte pela camareira do hotel, sendo que mais pessoas utilizaram aquele mesmo quarto naquela noite. O assassino respondia em liberdade e não tardou em cometer novo homicídio.
Em 10 de agosto deste ano, Lindomar foi considerado responsável pelos crimes da morte dos dois homossexuais e foi condenado a 32 anos de prisão. O Ministério Público do Paraná (MPPR), encarregado da acusação, sustentou a tese que o crime foi cometido por homofobia e também por intolerância religiosa. O laudo psiquiátrico apresentado pelo MPPR apontou que o acusado possui perfil higienista e seletivo, exemplificado, por exemplo, nas vezes em que tentou desqualificar as vítimas por serem homossexuais e “macumbeiras”. O réu foi condenado a 24 anos de prisão pelos homicídos e a 8 anos pelo roubo dos pertences.