Uma petição gerada em protesto contra a Semana LGBT da PUCPR alcançou a marca de 11,5 mil assinaturas e a universidade optou pelo cancelamento do evento que estava “em desalinho com os princípios católicos da instituição”. O encontro estava marcado para os dias 12 e 14 de setembro, em Londrina/PR, e gerou revolta nos movimentos católicos ligados à universidade.
Bernardo Pires Kuster, autor da petição, afimou ser contra a ‘ideologia de gênero’ e aborto. “Não passa de uma ocasião para que os organizadores promovam badernas e as mentiras contadas pelos movimento LGBT”, declarou o ensaísta para o jornal Folha de Londrina. Bernardo Pires também discordou do local onde ocorreria o encontro, num auditório que leva o nome do Papa João Paulo II. Afirma ainda que o evento não é de cunho acadêmico e tampouco católico.
A Semana LGBT que foi organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), trataria de assuntos como saúde LGBT, no sentido de prevenir doenças físicas e psíquicas; e traria palestras sobre a vivência LGBT em geral, como políticas públicas e inclusão. A PUCPR adiou o acontecimento para os dias 2 e 5 de outubro, com a autorização de membros do DCE.
Em nota, a Universidade anunciou o cancelamento do evento sob o argumento de manter um diálogo entre os organizadores e a comunidade acadêmica católica. Anunciou ainda, a presença de um teólogo católico, para que a ocasião aconteça dentro dos princícpios da igreja e da universidade. “A reflexão acerca de tais temáticas torna-se inevitável no interior da Universidade Católica e serão realizadas sempre à luz do Evangelho e da Tradição da Igreja.”, declarou a PUCR em nota oficial.
O assunto rendeu a atenção de várias autoridades católicas da universidade, tais como o Grão-chanceler Dom José Antônio Peruzzo, e o Arcebispo Metropolitano de Londrina, Dom Geremias Steinmetz, que estavam envolvidos no processo de cancelamento e mediação dos envolvidos com a petição.