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Ator acusa Hollywood de ser homofóbica, um ano após sair do armário

Redação Lado A 01 de Setembro, 2017 05h57m

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Quem já assistiu “Teen Wolf” e “Arrow”, já deve conhecer a perfeição, o ator Colton Haynes, 29 anos, que em 2016 assumiu ser gay. E já deve ter percebido que ele anda meio sumido mesmo. Em entrevista ao Entertainment Weekly, o ator revelou que fingir ser quem não era 24 horas por dia era exaustivo. Tudo começou com uma especulação, em janeiro de 2016, quando um fã veio indagar sobre o passado “secreto” de Colton, que apenas respondeu ao comentário com “era um segredo?”. 
 
O ator declarou que ia para casa e ainda estava atuando, e que aqueles que julgam as pessoas gays ou diferentes não imaginam que atuar 24 horas por dia é a coisa mais exaustiva do mundo. Mas não parou por aí, ainda continua mais um capítulo desta história pois, após se assumir gay, o ator acusa Hollywood de homofobia. Em uma publicação do Twitter, na terça-feira, ele expressou sua decepção em como os atores gays são tratados na indústria do entretenimento, afirmando que, muitas vezes, as pessoas em posições de poder simplesmente não conseguem ver além da orientação sexual de uma pessoa gay para papéis dramáticos. Seus últimos três trabalhos, após se assumir, foram todos dados por autores ou diretores homossexuais.
 
Em entrevista à rádio Sirius XM, o ator falou que seu empresário fabricava falsas relações com mulheres famosas para manter sua verdadeira sexualidade em segredo, pois lhe foi dito que não podia ser gay porque não teria emprego.  
E acrescenta que, estando certa vez com sua equipe, eles literalmente me disseram que ele não poderia ser assim, e sempre tentavam arrumar mulheres para ele.
 
Realmente, quando tratamos de diversidade dentro da indústria, é importante que incluamos a diversidade LGBTQ também. Haynes aborda que Hollywood ainda tem um longo caminho a percorrer quando se trata de lançar atores gay.
 
Devemos concordar com o ator, imagine um ator ser limitado a papeis que ele interpreta por ser gay, isto se estende para nossa realidade, pois ainda é nítido que muitas carreiras são limitadas pela orientação sexual da pessoa. Será que isso altera a qualidade e capacidade de uma pessoa? Será que isso é motivo de restringir e limitar alguém profissionalmente? Claro que não. Todos são capazes de serem o que desejam e podem testar seus limites e, porque não, ultrapassar eles.  
 
Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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