O evento começou às 11 horas da manhã, com concentração em frente à Praça 19 de dezembro, onde foram apresentados todos os movimentos e entidades envolvidas com a organização. Márcio Marins, presidente da Associação Paranaense da Parada da Diversidade – Appad, que conduzia o evento, considera que o público fez da Parada um momento especial,e que a luta contra o preconceito é diária. Para o organizador, vivemos um momento de extrema opressão, com direitos negados e políticas que dificultam a cidadania dos LGBT’s, como o projeto de “cura gay”. “A chuva atrapalhou um pouco, mas o público está dentro de nossa expectativa. A humanidade já nos tratou como pecadores; pecadores, criminosos e doentes, mas isso já foi retirado pela Organização Mundial de Saúde. O que tem que ser tratado é o preconceito e a homofobia”, disse Márcio, que contabilizou mais de 60 mil pessoas no evento.
Alguns participantes reclamaram do frio e da garoa, mas o calor humano aqueceu os presentes. Para Andressa Patrícia, “esse momento é muito importante para mostrarmos para a sociedade que a gente existe, e que merecemos respeito independente de qualquer coisa. Ser LGBT não é crime, nem vergonha. Temos que mostrar nossa cara, sim!”. No mesmo dia e horário do evento acontecia a prova do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem, o que dificultou a participação de muita gente. Mesmo assim, a festa foi incrível, contando com a colaboração de pessoas brilhantes, sendo essencial para dar um basta colorido no preconceito.
A 19ª Parada LGBTI de Curitiba está prevista para o dia 4 de novembro de 2018. O tema do próximo evento ainda não está definido, mas a organização já está trabalhando para que o evento traga suas cores mais uma vez para a capital paranaense.