Ator gay de Power Rangers conta que passou por “terapia de conversão” e que sofreu bullying

Redação Lado A 15 de Junho, 2018 19h04m

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O ator norte-americano David Yost, de 49 anos, disse que passou por “terapia de conversão” devido à sua homossexualidade, a famosa e famigerada “cura gay”. Dentre diversas produções, Yost é mais conhecido por ter interpretado o personagem Billy, o integrante azul da série Power Rangers.

Depois de 25 anos da estreia de Power Rangers, o ator David Yost fez revelações sobre sua sexualidade. Em 2010 o artista abandonou seu trabalho na série depois de sofrer muita perseguição homofóbica do elenco. Dois anos depois, Yost se submeteu a “terapias de conversão” para mudar sua homossexualidade. “Mentalmente, eu não aguentava mais.” , disse em entrevista para o site Out in Perth.

A terapia de conversão durou dois anos e Yost compareceu em todas as sessões. O procedimento desencadeou uma série de confusões mentais pois o ator negava sua verdadeira essência. Yost foi vítima de um colapso nervoso e então começou um longo processo de aceitação. “Levou muito tempo para ser feliz e confortável”, disse.

Hoje o ator aceita sua sexualidade. David disse que não quer que os fãs se lembrem de Power Rangers como um período homofóbico em sua vida. A série bateu recordes de audiência e foi muito famosa por muitos anos, por isso a opção de lembrar da parte boa das gravações.

Contrariando o intérprete, Scott Pagter, produtor de Power Rangers, disse que a saída de Yost não foi por motivos homofóbicos. Segundo Pagter, o atrito se deu por questões salariais porque David e mais um ator ganhavam a mais. Quando os outros atores quiseram deixar a série, inconformados com a diferença de salários, o produtor decidiu tirar o excedente de Yost e o outro ator. Foi então que o intérprete do Power Ranger azul teria decidido sair do elenco da série.

Personagem lésbica

A atual versão de Power Ranger, filme lançado em 2017, conta com uma personagem lésbica, fato que foi muito comemorado por David Yost. A Ranger Amarela, Trini, é interpretada pela atriz Becky G e está em um conflito amoroso com o namorado. Trini percebe então que suas confusões são causadas por estar interessada em uma mulher.

“Eles finalmente fizeram alguma coisa! Acho que muitas pessoas na comunidade LGBTQI vão ficar entusiasmadas por ver essa representação”, disse Yost.

 

 

 

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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