Adolescente é premiado por realizar estudo sobre gênero e sexualidade

Redação Lado A 30 de Agosto, 2018 17h45m

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Observando o preconceito e discriminação em virtude de gênero e sexualidade dentro da escola, um estudante desenvolveu um estudo. Fabrício Pupo Antunes, de 15 anos, desenvolveu um trabalho sobre gênero com base no livro de David Ebershof, intitulado “A Garota Dinamarquesa”.

Pupo é estudante do 1º ano do ensino médio. Além disso, ele faz parte da disciplina de mestrado em Antropologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Em março de 2018, o jovem foi premiado junto com outros colegas na 16ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, a FEBRACE. Com o apoio da UFMS, 30 projetos científicos foram enviados para o evento, sendo que 21 deles eram oriundos de alunos de escolas públicas.

Um dos projetos premiados na categoria de Ciências Humanas foi o de Fabricio. Estudante da Escola Gappe, ele conquistou o primeiro lugar de sua categoria com seu trabalho. Foram mais de 300 prêmios distribuídos aos ganhadores, entre eles, bolsas de estudos e estágio.

As conquistas do jovem estudante com sua importante pesquisa não parar por aí. Segundo informações do G1, Fabrício ainda participou de outros eventos científicos. No mês de julho, o estudante foi convidado a apresentar seu trabalho na 70º Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Dessa vez, o jovem viajou até a Universidade Federal de Alagoas, em Maceió (AL). Nesse evento, Fabricio teve a oportunidade de apresentar seu trabalho para autoridades do Ministério da Saúde. Assim, o jovem foi mais uma vez premiado pelo projeto.

Gênero nas escolas

O objetivo de Fabricio com seu trabalho é abrir espaço para as discussões de gênero e sexualidade nas escolas. Diante da grande evasão escolar, principalmente de pessoas trans, é urgente debater esse assunto dentro das instituições de ensino. Para o estudante, o livro “A Garota Dinamarquesa” é uma ótima ferramenta para discutir essas questões em sala de aula. Consequentemente, essa é  a forma de contribuir para o fim do preconceito.

Fabricio Puppo se sensibilizou com a discriminação enfrentada pela comunidade LGBT. Durante suas pesquisas, o jovem se deparou com os dados sobre a violência sofrida por essa população. No Brasil, a cada 28 horas um LGBT é morto. Por outro lado, o estudante tem a esperança de que, apesar do conservadorismo institucional da escola, os estudantes estão abertos ao diálogo.

 

 

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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