“Faço parte da comunidade LGBTQ+”, diz Anitta após polêmica sobre política

Redação Lado A 20 de Setembro, 2018 17h01m

A falta de posicionamento com relação à política e comunidade LGBT por parte da cantora Anitta, dessa vez, rendeu uma grande polêmica. No dia 19 de setembro a cantora passou a seguir nas redes sociais um perfil declaradamente a favor do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). O presidenciável é conhecido por suas declarações extremamente machistas, LGBTfóbicas e racistas. Por isso, os internautas estão cobrando um posicionamento da cantora.

A justificativa que Anitta deu por seguir o perfil é que se trata de uma amiga. A cantora postou no Instagram que não via a dona do perfil há anos. Por isso, teve a oportunidade de entrar em contato com ela e a seguiu no Instagram. Por outro lado, os fãs estão muito desconfiados da atitude de seguir um perfil pró-Bolsonaro justo em época de eleição.

Com a velocidade da internet, o assunto viralizou. A cantora passou a receber muitas mensagens e cobrança sobre o posicionamento dela com relação ao Bolsonaro. No Twitter, os usuários subiram a hashtag #AnittaIsOverParty, que foi um dos assuntos mais comentados durante horas.

A cantora começou então a responder as cobranças que recebeu pela internet. Mesmo com diversos artistas postando as hashtags #EleNão e #EleNunca, Anitta se limitou a dizer apenas que não queria atrelar sua imagem à nenhum candidato. A cantora disse ainda que o voto é secreto, por isso, ela teria o direito de não se posicionar sobre política. Após essas declarações, o filho de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, gravou um vídeo em defesa da cantora e dos demais artistas que preferem não se posicionar. A atitude gerou ainda mais revolta na internet e serviu para piorar mais ainda a imagem de Anitta.

A maioria do público de Anitta é da comunidade LGBT. A artista gosta de contar a todos que veio de baixo, que é pobre, da favela, mulher e, inclusive, LGBT. Após a grande polêmica, Anitta “saiu do armário” dizendo que faz parte sim da comunidade LGBT, como bissexual. Por isso, ela disse que jamais apoiaria o ódio contra essa população. No entanto, ao preferir não se posicionar contra a grave ameaça que é Jair Bolsonaro, a cantora foi acusada de estar interessada apenas no dinheiro de seu público LGBT, isto é, Pink Money.

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