Cientistas explicam os efeitos do GHB, o “ecstasy líquido” das casas noturnas

Redação Lado A 16 de Outubro, 2018 11h50m

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Um recente estudo realizado por pesquisadores de Amsterdam mostrou que a droga GHB (ácido gama hidroxibutírico) pode ser muito perigosa. A substância é muito usada em casas noturnas e também é conhecida como “G” ou “ecstasy líquido”. A GHB  já foi responsável por diversas ocorrências médicas na Europa, onde o uso é frequente.

De acordo com o estudo do Centro Médico Universitário de Amsterdam, a droga pode levar ao coma e overdose. O uso do GHB está aumentando os casos de atendimento médico, ficando atrás apenas da heroína e cocaína. No entanto, o uso da droga está cada vez mais frequente, o que preocupa a comunidade médica.

Um dos principais efeitos é a euforia, que pode aparecer entre 10 minutos e uma hora após o uso. Alguns usuários ainda apresentam sonolência e problemas de cognição e coordenação motora. O auge ou uso excessivo da droga, geralmente, leva a um coma profundo e pode resultar até mesmo em morte. Além disso, os efeitos podem durar entre uma e quatro horas, podendo causar morte súbita durante o estado de inconsciência.

O GHB começou a ficar conhecido nos anos de 1990, período em que foi legal nos Estados Unidos. O uso foi ficando cada vez mais frequente dentro de baladas e também espaços LGBT mesmo com sua proibição nos anos 2000. Ainda no final de 1980, o CHB foi muito usado para induzir o sono e estimular o hormônio de crescimento enquanto o usuário dorme.

O estudo

Os cientistas holandeses reuniram 27 usuários do GHB que já sofreram episódios de coma por causa da droga. Além desse grupo, foram recrutados mais 27 usuários que nunca entraram em coma e mais 27 pessoas que nunca usaram GHB, mas já combinaram outras drogas. Os participantes foram submetidos a testes de QI, leitura, análises de ansiedade, depressão e estresse. Todas essas atividades foram monitoradas através de ressonância magnética cerebral.

Os pesquisadores descobriram então que os usuários apresentam alterações nas emoções negativas, mesmo sem ter entrado em coma. Outra observação é que as pessoas que entram em coma com a droga apresentaram menor QI e alterações de memórias de longo prazo. Em um outro estudo dos mesmos pesquisadores que ainda não foi publicado, outra descoberta. Os usuários que passaram por vários comas induzidos pelo GHB possuem 63% mais estresse e 23% mais ansiedade que os outros voluntários.

Os pesquisadores alertaram ainda, que não é seguro consumir essa droga em qualquer quantidade. As doses baixas, entre 0,5 e 1,5 grama podem produzir euforia, ansiedade, sociabilidade e aumento da libido. Já em grandes quantidades como 2,5 gramas ou mais, pode causar sonolência, deixar inconsciente, induzir ao coma, amnésia,  náuseas e levar à morte.

 

 

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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