“Bicha burra, presa no armário e homofóbica”, diz Jean Wyllys sobre Carlos Bolsonaro

As redes sociais se agitaram com as declarações de Jean Wyllys sobre Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. Não é de hoje que surgiram especulações na internet sobre a sexualidade do filho do presidente. Mesmo com posicionamento homofóbico, a internet está desconfiada da relação de Carlos com seu primo, Léo Indio. Por outro lado, o ataque de Jean nas redes sociais se refere ao possível compartilhamento de fake news por Carlos para prejudicar a oposição.

Nas últimas semanas, o jornalista americano Glenn Greenwald publicou reportagens em que revela esquemas de corrupção na Lava Jato. Dentre as irregularidades encontradas, o jornal divulgou conversas entre o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltral Dallagnol. Durante a comunicação, os juristas combinava o que pode ser uma articulação ilegal para prender o ex-presidente Lula. O objetivo era que ele não participasse das eleições para dar maiores chances a Jair Bolsonaro (PSL).

Jean Wyllys foi reeleito nas últimas eleições mas deixou seu cargo de deputado no início desse ano. Ameaçado por aliados do atual governo, Wyllys deixou o Brasil. Por outro lado, seu subtitulo é David Miranda, que por sua vez é casado com o jornalista Glenn Greenwald. Após as novas revelações do jornalista, os aliados do governo começaram a persegui-lo e espalhar homofobia. Além disso, David já comunicou à Polícia Federal que está recebendo ameaças de morte. O casal Glenn e David são casados há 14 anos e adotaram dois filhos.

Com a reputação ameaçada, os aliados de Sergio Moro estão sendo acusados por David Miranda e Jean Wyllys de espalhar fake news. Diversas mensagens estão tomando as redes sociais para acabar com a reputação do casal e do ex-deputado, Jean. Por isso, Wyllys fez uma série de tweets diretamente para Carlos Bolsonaro, um dos divulgadores das fake news.

Fake News

Diante da forte tensão que se instalou na base do governo após as reportagens de Greenwald, uma série de fake news começaram a se espalhar. Durante toda a campanha de Jair Bolsonaro, foram espalhadas mensagens via WhatsApp para tentar desmoralizar a oposição. Poucos dias antes das eleições, inclusive, a Folha de São Paulo publicou uma reportagem em que mostrava um esquema milionário. De acordo com a Folha, a campanha de Bolsonaro contratou serviços que espalham mensagens na internet. Apesar da denúncia que foi considerada Caixa 2, a candidatura de Bolsonaro seguiu normalmente.

Ainda durante o conturbado período de eleições, Jean Wyllys também foi vítima de inúmeras fake news. Sendo David Miranda, marido de Greenwald, o substituto de Wyllys, bolsonaristas estariam novamente espalhando mentiras para desmoralizar o jornalista que vazou as mensagens de Moro. No entanto, é real que Carlos Bolsonaro e demais aliados do governo criaram a teoria de que Greenwald manipulou ferramentas para ter acesso às mensagens de Moro. Segundo afirma a base do governo, o jornalista teria contratado hackers para invadir a privacidade do juiz e conseguir as mensagens.

“O fato de essa nova fake news envolver três gays assumidos, orgulhosos de sua orientação sexual e inteligentes – Glenn, David e eu – é a prova de que quem está por trás dela é alguém com profunda homofobia internalizada e burro”, disse Wyllys em um de seus  tweets sobre Carlos Bolsonaro.