Apesar de ser tradicional o hasteamento da bandeira LGBT+ nas embaixadas do Brasil nos EUA, dessa vez, Donald Trump proibiu o ato. Desde 2011 as instituições oficiais do governo dos EUA recebem a bandeira LGBT+ em suas fachadas em homenagem ao Mês do Orgulho LGBT+. Naquele ano, o então presidente Barack Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton, deram importantes passos rumo à garantia da cidadania LGBT+ nos EUA.
No ano passado, com a entrada de Mike Pompeo como secretário de Estado e com Trump na presidência, a representatividade LGBT ficou ameaçada. Pompeo é conservador e afirma a concepção de família apenas com homem e mulher. Além disso, Donald Trump também já se mostrou um oponente aos direitos da comunidade LGBT+. Logo após ser eleito, o presidente vetou o alistamento de pessoas trans no Exército dos EUA.
Ao realizar o pedido no governo para hastear as bandeiras LGBT nas embaixadas, os diplomatas foram surpreendidos pela resposta negativa. De acordo com os embaixadores, o problema da LGBTfobia nos EUA se intensificou com a eleição de Jair Bolsonaro. O presidente brasileiro já esteve nos EUA onde não deixou de expressar sua homofobia. Além disso, a posição conservadora e liberal de Bolsonaro é muito parecida com a de Donald Trump.
Contrariando a regra
Apesar da proibição de Trump, as embaixadas nos EUA buscaram mesmo assim homenagear o Mês do Orgulho LGBT+. A embaixada do Brasil pendurou a bandeira nos muros internos de sua sede nos EUA. Da mesma forma discreta, outras embaixadas estão prestando suas homenagens temporariamente. Segundo agências internacionais, pelo menos quatro embaixadas, entre elas a do Brasil, tiveram seus pedidos para hastear bandeira negados.