Pastor escreve em placa: “Nossos irmãos transgêneros têm batimentos cardíacos”

Redação Lado A 04 de Junho, 2019 01h22m

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Uma igreja cristã dos Estados Unidos viralizou uma mensagem que colocou mês passado em sua placa frontal. A Igreja Clackamas United Church of Christ, em Milwalkee, Oregon, escreveu no letreiro da igreja: “Nossos irmãos transgêneros têm batimentos cardíacos”.

O reverendo Adam Ericksen, responsável pela mensagem semanal da igreja, costuma usar o veículo de comunicação tradicional para mandar mensagens diretas. E as frases rodam o mundo pelas mídias sociais. “Deus te ama, do jeito que ELA te fez”, “Acabe com o racismo”, trazem contextos políticos progressistas pouco falados por igrejas evangélicas do chamado cinturão da Bíblia.

A frase sobre pessoas trans terem batimentos cardíacos se refere ao debate sobre o aborto, quando se defende a vida de fetos mas se ignora o direito a vida de pessoas trans. O pastor ainda assinou com “Just FYI” a frase colocada no último dia 21, ou “For Your Information ” (Para Sua Informação, em português).

Com origens em 1851, antes mesmo da fundação do Oregon, a congregação “Cristãos Unidos por Cristo” é uma igreja progressista e inclusiva oriunda de duas outras congregações, oficializada em 1957 com o novo nome. Com origem inglesa, os protestantes fundadores buscavam na América maior liberdade religiosa. E eles se posicionaram historicamente contra a escravização, a favor do ordenamento e direitos das mulheres e participaram dos movimentos dos direitos civis dos anos 50, com Martin Luther King, Jr.

Em 1972, a congregação teve ordenado o primeiro pastor assumidamente gay de uma igreja evangélica, Rev. William R. Johnson, e em 1995 assumiu a identidade masculina e feminina de Deus em uma publicação. Em 2005 apoiaram oficialmente a igualdade do casamento gay, decidido em seu sínodo.

 

 

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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