Diversidade: “Bom Sucesso”, nova novela da Globo, terá quatro personagens LGBT+

Redação Lado A 23 de Julho, 2019 15h32m

A novela “Bom Sucesso” está prestes a entrar no ar em substituição à novela “Verão 90”. A trama estreará na segunda-feira, 29 de julho. No elenco, atores de peso da rede Globo, que darão vida a personagens que representam a diversidade. Além disso, a trama dará espaço para o trabalho de novos atores como Shirley Cruz e Diego Montez.

Ao todo serão pelo menos quatro personagens LGBT+ na novela. Um deles é Gláucia, personagem de Shirley Cruz. Durante a trama, Gláucia se mostrará uma mulher independente e autoconfiante. Para demonstrar isso em frente as câmeras, a atriz se inspirou na vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. Bissexual, Marielle enfrentou muita LGBTfobia e racismo em sua vida. No entanto, a personagem de Cruz será uma mulher lésbica e negra que demonstrará a força para passar por cima de preconceitos.

Outro personagem gay é William, interpretado por Diego Montez. O personagem do ator é um diretor de marketing de muito humor e estilo fashion. Além disso, Rafael Infante também dará vida a mais um personagem do meio LGBT+. Ele interpretará o galã de TV Pablo Sanches. Assim como o personagem Agno da novela “A Dona do Pedaço”, Sanches terá um relacionamento de fachada com uma mulher. Seu medo é que a sua homossexualidade seja descoberta e isso atrapalhe seu trabalho na TV.

Por fim, a novela também representará a comunidade trans. Michelly será interpretada pela atriz Gabrielle Joie, de 21 anos. Durante a trama, Michelly,uma adolescente trans de 15 anos, viverá os conflitos da transição em um contexto que nega a sua identidade de gênero. Assim com a personagem, a atriz Gabrielle Joie também é trans.

Representatividade

As novelas da Rede Globo estão cada vez mais abraçando a diversidade. Isso representou muito para a comunidade LGBT+, mulheres e pessoas negras que sempre buscaram ser vistas para alcançar o respeito da sociedade. As novelas são acompanhadas por milhares de brasileiros diariamente e, se representam o cotidiano do brasileiro, também devem representar toda a diversidade desse público.

Desde 2014, quando a novela “Amor à Vida” exibiu um beijo gay, a Globo passou a ser muito criticada. Muitos conservadores reprovaram a representatividade de minorias sociais, principalmente da comunidade LGBT+. Por outro lado, a aposta da emissora e de outras que estão seguindo o mesmo modelo de entretenimento, aumentou a audiência.

Depois do beijo entre os personagens Nikko e Félix em 2014, interpretados por Thiago Fragoso e Mateus Solano, outras atrações passaram a exibir a comunidade LGBT+. Foi o caso de novelas como “Malhação: Toda Forma de Amar”, “Verão 90”, “A Dona do Pedaço”, “Em Família”, entre outas. Já no SBT também teve uma trama que incluiu a comunidade LGBT+. A novela “Amor e Revolução”, de 2011, retratou um casal lésbico formado entre Marcela, personagem de Luciana Vendramini e Marina, personagem de Gisele Tigre. A emissora chegou a transmitir um beijo quente entre elas.

 

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