Antônio de Oliveira Filho, de 24 anos, é um jovem homossexual que reside em Goiânia. No dia 6 de julho, o rapaz foi abordado por três indivíduos que o perseguiram por volta das 7 da manhã. De acordo com o depoimento do rapaz, os homens cometeram crime de homofobia.
O jovem estava a caminho de seu trabalho, uma empresa de propriedade de sua família. Três suspeitos abordaram o rapaz no bairro Bueno e começaram a persegui-lo com xingamentos. Depois de fugir do trio, Antônio foi alcançado por dois dos suspeitos que o agrediram com um soco no rosto.
De acordo com a a irmã da vítima, Kássia Poliana Rodrigues, de 33 anos, Antônio está muito abalado. Desde o ocorrido, o jovem não consegue mais realizar o mesmo trajeto porque ficou traumatizado. Segundo Kássia, além do soco, seu irmão recebeu xingamentos. “Viado” e “tem que morrer”, foram as palavras ditas pelos agressores. Além disso, eles chegaram a arremessar um copo de vidro contra Antônio, mas o objeto não acertou o rapaz.
O caso foi registrado dois dias depois no 4º Distrito Policial de Goiânia. Assim que soube do ocorrido, o delegado Carlos Caetano Júnior disponibilizou uma esquipe de seis policiais para averiguar o caso. Câmeras de segurança flagraram toda a ação e tornaram possível a identificação dos agressores. Se os homens não se apresentarem na delegacia, será expedido mandado de busca.
Punição
Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela criminalização da homofobia. Agora, crimes como esse estão equiparados aos crimes de racismo e são inafiançáveis. Além disso, graças à nova lei, os agressores de Antônio poderão responder pelo crime que cometeram.
O delegado responsável pelo caso de Antônio tem as imagens da agressão e depoimentos. Se a criminalização da homofobia não fosse aprovada, esse caso seria de difícil conclusão. No entanto, o delegado explicou que o indiciamento dos agressores é certo. De acordo com Caetano, os criminosos poderão responder pelo crime de homofobia, nos mesmos moldes do racismo, e pelo crime de lesão corporal. A pena pode chegar a cinco anos de prisão.
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