Diagnosticado com esquizofrenia, acusado de arrancar coração de travesti é absolvido

Redação Lado A 28 de Outubro, 2019 10h07m

Caio Santos de Oliveira, de 20 anos, estava sob o poder da Justiça após matar a arrancar o coração da travesti Quelly Da Silva, de 35 anos. O crime aconteceu no dia 21 de janeiro em Campinas, cidade do estado de São Paulo. Em 25 de outubro, o juiz José Henrique Rodrigues Torres absolveu Caio diante de seu diagnostico de esquizofrenia.

Caio foi denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de meio cruel. Na época do crime o acusado afirmou que matou a travesti porque “ela era um demônio”. Após o crime, Caio ainda escondeu o corpo da vítima. Após a prisão de caio, o Ministério Público (MP) solicitou a absolvição do acusado desde que passasse por três anos de internação. Por outro lado, a defesa pediu, além da absolvição, que Caio passasse por tratamento psiquiátrico.

No dia 11 de outubro, conforme informações da Secretaria da Administração Penitenciaria (SAP), Caio foi encaminhado ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Dr. Arnaldo Amado Ferreira, em Taubaté, no estado de São Paulo. De acordo com decisão da Justiça, Caio deve ficar internado por dois anos para tratamento.

O caso

Caio foi preso no dia 21 de janeiro após matar e arrancar o coração da travesti Quelly da Silva. O crime aconteceu na região de Campo Belo onde os policiais encontraram o órgão de Quelly enrolado em um pano, escondido no guarda-roupas de Caio.

De acordo com depoimentos, Caio afirmou que teve relações sexuais com Quelly antes de matá-la. Após o crime, o acusado levou pertences da vítima e saiu para frequentar os comércios do bairro normalmente. Nessa ocasião a polícia o abordou por estar em atitude suspeita e apresentar ferimentos pelo corpo. Após ser abordado, Caio confessou o crime e levou os policiais até o local onde mantinha o corpo escondido.

Quelly foi encontrada com ferimentos e o tórax aberto com uma imagem de um santo sobre o corpo. Além disso, os policiais encontraram o coração da vítima e questionaram o suspeito. Em resposta, o acusado afirmou que apenas pretendia guardar o órgão para si, sem dar mais informações. Ao ser preso, se apresentou na delegacia sorrindo e dizendo informações desconexas.

 

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