Ouvintes da Rádio Cultura, uma rádio comunitária de Orleans, no Sul de Santa Catarina, ficaram chocados com a atitude do radialista Carlos Augusto Almeida. “É mais um caso gay na cidade, uma barbaridade”, disse o homem ao comentar um fato na hora do almoço. A viadagem rolando solta na cidade, é uns porco (sic.) os fia da mãe, barbaridade”, disse o radialista no último dia 7 de maio.
A cidade de pouco mais de 25 mil habitantes reagiu imediatamente, nas redes sociais, ouvintes gays declararam repúdio ao radialista que pediu desculpas ainda no ar no dia seguinte. Os ouvintes registaram o fato na polícia que abriu um inquérito de homofobia, amparada desde o ano passado na lei do racismo, conforme decisão do STF.
O radialista falava de um homem que teria assediado outros em uma fila, oferecendo sexo a quem desse lugar para ele, e comentou outro caso, falso, comentado por ele no ano passado em que um empresário e um rapaz da região que teriam sido flagrados tendo relações sexuais em um banheiro público. Acredita-se que os dois casos foram inventados pelo radialista para atacar a comunidade gay e usar a polêmica para se promover. E a tática deve funcionar, afinal, teve gente que virou presidente assim.
A rádio notificou o apresentador a se retratar. “Depois que eu falei que fui me tocar que havia feito um grande erro. No outro dia eu pedi desculpas, pedi até que me perdoassem. Essa retratação foi enviada à delegacia de polícia. A gente fica bastante constrangido e apreensivo”, disse o homem para a imprensa catarinense.
Assista o vídeo que mostra o absurdo do preconceito ocorrido: