O jovem Álvaro Pereira Gomes Silva, de 32 anos, está internado desde o dia 12 de novembro no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no Rio de Janeiro. Ele foi agredido por um adolescente de 17 anos que morava em sua casa em Fazenda Botafogo, no bairro de Coelho Neto, Zona Norte do Rio. Amigos e a comunidade onde Álvaro nasceu e foi criado estão revoltados com o sofrimento passado pelo rapaz que era procurado pelos amigos há pelo menos cinco dias.
Álvaro foi encontrado por uma amiga em sua residência onde o menor o mantinha em cativeiro, sem chamar socorro médico, sem água e sem comida, depois que uma possível discussão entre os dois terminar na tentativa de homicídio. Além de escoriações e cortes, Álvaro apresentou traumatismo craniano e está com com dificuldade motora, da fala e sem visão. Ainda não se sabe as sequelas que ele terá por conta dos danos causados em seu sistema neurológico.
Segundo a mulher que socorreu o amigo, o menor admitiu o crime e disse que não se importava se Álvaro morresse, tendo dito ainda que ele estava há dias naquele estado. Segundo amigos de Álvaro, que era faxineiro e cabeleireiro, o relacionamento dos dois, iniciado há mais de um ano, era conturbado e Álvaro já havia mandado o adolescente sair de sua casa, mas o mesmo sempre retornava.
Os amigos contaram à Lado A, que o menino morava com a família na comunidade da Pedreira, de onde foi expulso por aplicar furtos. O menino já havia furtado diversas vezes o celular de Álvaro a quem ameaçava de morte com frequência segundo as testemunhas, chegando a bater e jogar um espelho sobre o homem. Em outra situação, o adolescente tentou atear fogo na casa da vítima.
A família de Álvaro ainda não conseguiu registrar o boletim de ocorrência e nem contatar as autoridades. Segundo a amiga que chamou o socorro, a PM se negou ir ao local no dia que encontraram o rapaz agonizando. Segundo a irmã de Álvaro, também não foi registrada a ocorrência no hospital. Álvaro, que usa o apelido “Álvinho Gentil” em seu perfil, é muito querido na comunidade. Amigos montaram um grupo de apoio no WhatsApp e esperam que o garoto seja punido pelo crime cometido e temem que a idade do agressor acabe não o levando a pagar pelas atrocidades que cometeu.
Na internet, amigos prestam homenagens a Àlvaro e clamam por Justiça para o amigo, vítima de um crime premeditado que envolve homofobia, tortura, cárcere privado, tentativa de assassinato e crueldade.