Indícios claros de homofobia apontam a motivação do brutal crime ocorrido no último sábado, dia 9, em Maringá, no Norte do Paraná. Jadson Gabriel, de 25 anos, estudante de Letras da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi socorrido em um prédio abandonado às margens da Av. Colombo, próximo ao Shopping Catuaí. Deixado no local que servia no passado de laticínio, Jadson foi encontrado por volta das 5h30, com rosto desfigurado, envolto de muito sangue, com vários ferimentos na cabeça.
A bicicleta de Jadson estaria com o aro quebrado e ele iria levá-la até a casa dos pais naquele final de semana para consertar, o que aumenta o mistério já que ele provavelmente estaria empurrando a bicicleta.
Celular, mochila, a bicicleta e até os tênis que usava foram levados. O rapaz foi encontrado com as calças abaixadas. Tijolos foram usados para agredir o jovem. Ele teve quase todos os dentes arrancados e ferimentos graves na face, cabeça e tórax. Há indícios de tortura, o que aponta para um crime de ódio. Certamente, Jadson foi deixado para morrer no local. Não se sabe quanto tempo ele agonizou até ser encontrado. Por pouco, ele não morreu sufocado no próprio sangue apontaram os socorristas que o atenderam.
Alguns pertences como o celular e bicicleta foram recuperados em na cidade vizinha de Sarandi pela polícia e os homens de porte dos objetos afirmaram não terem participação no crime, que teriam comprado as provas do crime de viciados em Maringá. Eles estão detidos e foram localizados por meio do GPS do celular da vítima. Com eles foi encontrado ainda uma arma de fogo.
A comunidade local está aterrorizada com a brutalidade do crime. A família e amigos juntam, por meio de uma vaquinha, verbas para ajudar nos custos de recuperação do rapaz que está estável na enfermaria do Hospital Universitário (HU). Até o momento, já foram arrecadados mais de R$7 mil reais. Jadson Gabriel ainda está em estado de choque, apresenta confusão mental e dificuldade de equilíbrio. Não se sabe os danos neurológicos que ele vai enfrentar.
Se você tiver alguma informação sobre o caso, ligue para a Delegacia a Polícia Civil no 181, Disque-Denúncia. Se quiser ajudar na Vakinha para ajudar na recuperação do jovem, clique aqui.