A República San Marino, localizada no norte da Itália, na Europa, elegeu seu primeiro presidente gay no início deste mês, em 1º de abril. O ativista LGBT Paollo Rondelli assumirá o cargo de presidente pelos próximos seis meses.
Apesar de antiga, a República de San Marino, que já teve um passado conservador com relação às pautas LGBT, se tornou progressista. San Marino foi fundada em 2001 e até 2004 possuía leis que puniam a comunidade LGBT. Hoje, o país de 35 mil habitantes é mais tolerante com as minorias.
Aos 58 anos, Paollo Rondelli, que é gay assumido, foi escolhido por voto indireto para comandar o país. O ativista já foi embaixador de seu país no Estados Unidos e é conhecido por sua atuação em prol dos direitos da comunidade LGBT.
Paollo Rondelli é considerado o primeiro chefe de estado abertamente gay do mundo. Mas o ativista não estará sozinho nessa empreitada. Junto ao ativista também assumirá o comando de San Marino o político Oscar Mina, de 63 anos.
Formado em engenharia elétrica, Mina possui forte conhecimento da vida pública, pois também se graduou em Ciência Política na Universidade de Urbino, na Itália. Entrou na vida política em 1998, quando se filiou ao Partido Democrata Cristão. Desde então, ocupou diversos cargos públicos como na Assembleia Parlamentar de San Marino.
Outros ativistas LGBT+ que atuam na região de San Marino consideram a eleição de Paollo como um março histórico. Segundo Marco Tonti, chefe da ong Arcigay, a posse de Rondelli é um grande avanço para as pautas LGBT em San Marino.
Outros políticos e ativistas também comemoraram a eleição de Paollo e participaram da cerimônia de posse no dia 1º de abril. A ministra da Justiça Marta Cartabia e a senadora Mônica Cirinnà, a última conhecida por seu ativismo LGBT, estiveram presentes na cerimônia de posse.