Na data de hoje, 17 de maio, é comemorado o Dia Internacional contra a LGBTfobia. O dia foi determinado em 2004 e tem como objetivo fomentar iniciativas e movimentos ao redor do mundo para desenvolver ações contra a LGBTfobia. No ano seguinte, em 2005, organizações como a Associação Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA), a Comissão Internacional de Direitos Humanos de Gays e Lésbicas (IGLHRC), o Congresso Mundial de Judeus LGBT e a Coalizão de Lésbicas Africanas assinaram um documento para que o Comitê IDAHO coordenasse ações em diversos países em prol da comunidade de gays lésbicas e bissexuais.
A IDAHO é uma ONG criada em 2005, após manifestações de entidades como ILGA e IGLHRC. Através de conferências e manifestações, a IDAHO chamou a atenção para a homofobia em diversos países. Além disso, a ONG foi uma das maiores responsáveis por instituir a data de 17 de maio como o Dia Internacional contra a Homofobia. Posteriormente, mais precisamente em 2009, a transfobia também entrou como pauta de defesa de direitos dessa data.
O dia 17 de maio foi escolhido porque é a mesma data que a Organização Mundial da Saúde estabeleceu que a homossexualidade não era doença, até então considerada como tal, em 1990. Mesmo com a despatologização da homossexualidade, o preconceito ainda continuava. Em 2019, a ILGA apresentou uma pesquisa que demonstrava que em 70 países do mundo ainda era crime ser homossexual. Ainda hoje, muitas pessoas consideram a homossexualidade e transexualidade como doença e existem movimentos até mesmo de psicólogos que promovem a “cura gay”.
Violência
Entidades e organizações LGBT+ se dedicam em levantar dados sobre essa população. Segundo o Grupo Gay da Bahia, entre 2000 e 2019, no Brasil, foram contabilizados mais de 4809 assassinatos e em 2021, 300 mortes. Isso sem contar os crimes que, até antes dessa data, não eram registrados como de ordem homofóbica até porque a homofobia foi criminalizada recentemente.