Pai de menino assassinado por detenta trans perde processo contra Globo

Redação Lado A 09 de Maio, 2022 13h25m

Emerson Lemos, pai de Fábio Santos Lemos, de 9 anos, assassinado pela detenta trans Suzi de Oliveira, perdeu um processo que moveu contra a Rede Globo após matéria exibida em março de 2020. Na ocasião, o médico Drauzio Varella abraçou a detenta entrevistada por ele e fez parecer que Suzi era inocente.

De acordo com Lemos, a Rede Globo errou em omitir na matéria veiculada em rede nacional o crime de Suzi. Em primeira instância, o pai do menino conseguiu uma indenização de 150 mil reais, mas após recurso, o homem perdeu o processo.

Após a veiculação da reportagem, Suzi passou a receber inúmeras cartas e presentes dos espectadores. A frase “Solidão, né, minha filha?”, proferida por Drauzio Varella ficou conhecida nacionalmente e virou meme na internet. O médico disse a frase ao conversar e abraçar a detenta que alegou estar sendo julgada e ser sozinha. No entanto, a matéria não expôs o crime de Suzi, e Drauzio também não teria ficado sabendo da ficha criminal da entrevistada antes da matéria.

Segundo a emissora, o foco da reportagem era denunciar sobre as condições de transexuais no sistema carcerário brasileiro, portanto, levantar a ficha criminal de Suzi tiraria o foco da reportagem, além de constranger a detenta.

O crime

Segundo Maria Aparecida Alves dos Santos, mãe do menino assassinado, a vítima era uma criança muito amorosa com a família. A mãe afirmou que saía para trabalhar bem deixava o menino sozinho em casa, sob instrução de não abrir a porta de casa para ninguém.

Na época do crime, Suzi, que era vizinha da família de Fábio, atendia pelo nome de Rafael. A acusada teria atraído Fábio para ajudar na mudança para um outro local de moradia e manteve o menino preso na casa. Enquanto isso, a família procurava pela vítima e Suzi teria se oferecido para ajudar na busca, alegando que teria visto um carro preto rondando a vizinhança em atitude suspeita.

Após estuprar e matar Fábio, Suzy, que na época era Rafael, junto de sua esposa, trouxeram o corpo enrolado em um lençol para próximo da residência de Maria. Depois, chamou a mãe da vítima para ver o corpo, agindo como se não soubesse como o cadáver foi parar naquele local.

Após alguns dias, Rafael foi preso mas foi liberado por falta de provas. Mais tarde, ele confessou o crime.

Sobre a matéria veiculada no Fantástico, Maria Aparecida disse que se sentiu muito mal e ficou arrepiada. “Eu me senti um lixo como mãe, ele fez o que fez e estava se fazendo de vítima”, afirmou Maria.

 

 

 

 

 

 

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