Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), foi confirmado que um homem de 27 anos, morador de Curitiba, está infectado com a doença conhecida como Varíola dos Macacos. Esse é o segundo caso na capital de contaminação pelo vírus monkeypox. O homem procurou o serviço de saúde após retornar de uma viagem à Europa e o caso foi confirmado na quarta-feira, 6 de julho. Já no domingo, dia 3, mais um caso foi confirmado em um homem de 31 anos, também morador de Curitiba, que esteve em São Paulo no mês passado.
Segundo fonte da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, levantada pela Lado A, os dois casos confirmados na capital ocorreram entre gays. No Brasil há mais de 100 casos confirmados da doença, mas segundo o médico pesquisador da USP, Rico Vasconcelos, a Varíola dos Macacos não pode ser considerada uma “doença gay”, já que não é sexualmente transmissível. A contaminação acontece pela proximidade com a pessoa ou animal infectado com o contato de saliva, por exemplo. Outras formas de transmissão são pelo contato com as feridas da pele causadas pela doença ou pelo compartilhamento de objetos contaminados. O que ocorre é que, entre os casos confirmados no Brasil, a maior incidência é entre homossexuais.
Os sintomas da Varíola dos macacos inclui dor de cabeça, febre, dores musculares, cansaço, calafrios, feridas na pele e inchaços. O vírus é da família dos ortopoxvirus e é dividido entre varíola da África Central e Ocidental. A primeira parte tem mortalidade de 10%, enquanto a segunda possui mortalidade de 1%.
Desde a descoberta da doença, foram identificadas alterações na transmissão. Esse evento é chamado de Spillover, ou transbordamento zoonótico ou interespecífico, que se trata da alteração na transmissão que antes era apenas entre animais silvestres e agora está entre os humanos. Um dos motivos do fenômeno Spillover é a crescente expansão urbana que acaba invadindo os espaços da natureza e aproximando os humanos dos animais silvestres possivelmente contaminados.
A contaminação pode ocorrer com animais vivos ou mortos. Por isso, uma forma de prevenção é evitar comer ou manusear carnes oriundas de caça de animais silvestres. Também é importante a higienização das mãos e de objetos usados por pessoas infectadas. Já existe uma vacina e um medicamento para a doença, desenvolvido em 2019 e nesse ano, no entanto, ainda não estão totalmente disponíveis, fazendo da prevenção a única forma de evitar a contaminação.